Avançar para o conteúdo

Psicologia Clínica

Aprendizagem | Emoções | Humor

Em que consiste?

A psicologia clínica é a área da Psicologia que se dedica à avaliação, diagnóstico e intervenção das doenças mentais, alterações comportamentais, cognitivas e emocionais (Capitão, Scortegagna & Baptista, 2005).

A primeira consulta acontece na presença dos pais (ou responsáveis legais) para que todos façam parte do processo.  As consultas seguintes dedicam-se à avaliação específica das problemáticas apresentadas, diagnóstico e elaboração de um plano de objetivos, em conjunto com os pais e será abordado o caminho terapêutico a seguir (Almeida & Malagris, 2011, e, Araújo, 2007).

Os pais poderão, também, ser chamados a intervir em outros momentos do processo terapêutico.

A quem se dirige?

A Psicologia Clínica destina-se a qualquer criança e/ou adolescente, dos 0 aos 18 anos, de qualquer cultura ou sistema de saúde.

A intervenção é realizada a título individual, contudo, os pais poderão, também, ser convidados a participar ativamente na intervenção (Araújo, 2007).

Quais os objetivos e benefícios?

As consultas de Psicologia procuram promover o bem-estar psíquico e relacional das crianças/adolescentes.

A Psicologia ajuda a compreender e lidar com problemas que podem ser causa de (Almeida, 2011):

  • Falta de atenção;
  • Alterações de comportamento;
  • Ansiedade de separação (e.g. divórcio dos pais);
  • Fobia à escola e fobias específicas;
  • Tristeza, para a qual não se encontram razões objetivas;
  • Irritabilidade;
  • Alterações do sono;
  • Desmotivação/ falta de energia para atividades em geral;
  • Outras alterações que não se conseguimos compreender e que nos perturbam.

Sinais de alerta para necessidade de intervenção

O corpo e mente das crianças/ adolescentes vão-nos dando sinais de alerta, para os quais devemos estar muito atentos (Konkiewitz, 2013).

Deverá ouvir os sinais com atenção e procurar ajuda Psicológica se:

  • O seu educando não consegue gerir problemas que surgiram na escola;
  • Tem dificuldades e insucesso escolar;
  • Tem dificuldades de atenção;
  • Tem comportamentos excessivos e impulsivos;
  • Tem dificuldades em controlar a perda involuntária de urina e eliminação de fezes;
  • As suas relações afetivas não estão muito bem;
  • Anda demasiado triste, ansioso, irritado ou parado;
  • Os seus medos (fobias), o impedem de ter uma vida autónoma;
  • Está a passar pela separação de pessoas queridas por razões diversas (pais separados, namoro terminado);
  • Precisa de auxílio para superar a morte de pessoas queridas (luto);
  • Tem problemas do sono;
  • Tem problemas alimentares;
  • Não consegue lidar com as birras do seu educando;
  • A criança/adolescente tiver dependência de substâncias, videojogos ou internet;
  • Existirem demasiados conflitos entre pais e filhos e/ou entre irmãos.

Referências Bibliográficas

Almeida, R. A. & Malagris, L. E. N. (2011). The practice of health psychology. Revista SBPH, 14(2), 183-202.
Araújo, M. F. (2007). Estratégias de diagnóstico e avaliação psicológica. Psicologia: Teoria e Prática, 9(2), 126-141.
Capitão, C. G., Scortegagna, S. A., & Baptista, M. N. (2005). The matter of psychological assessment in health. Avaliação Psicológica, 4(1), 75-82.
Konkiewitz, E. C. (2013). Aprendizagem, comportamento e emoções na infância e adolescência: uma visão transdisciplinar / organização. Revista da Universidade Federal da Grande Dourados, 1, 312.